Milho recua na B3 e em Chicago com pressão do dólar

O mercado futuro de milho encerrou a quinta-feira (6) com desempenho misto na B3, refletindo a queda das cotações em Chicago e o impacto do câmbio no cenário doméstico. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos mais próximos acompanharam a desvalorização internacional e o recuo do dólar, enquanto os vencimentos mais longos encontraram algum suporte nas incertezas climáticas e nos atrasos do plantio da primeira safra de milho e da soja no Brasil.

Na bolsa brasileira, o contrato de novembro/25 fechou a R$ 68,22, com baixa de R$ 0,22 no dia, mas alta de R$ 0,51 na semana. O vencimento de janeiro/26 caiu R$ 0,31, encerrando a R$ 71,47, com ganho semanal de R$ 0,35. Já o contrato de março/26 terminou o pregão a R$ 72,94, queda de R$ 0,21 no dia e leve alta de R$ 0,11 na semana. O movimento mostra um mercado cauteloso, atento ao avanço do plantio e às previsões de chuva para o Centro-Oeste.

Em Chicago (CBOT), as cotações do milho caíram pressionadas pelo fraco desempenho do trigo e do farelo de soja, que recuaram mais de 3%. O contrato de dezembro fechou em baixa de 1,55%, a US$ 4,28 por bushel, enquanto o de março caiu 1,50%, a US$ 4,42 por bushel. O avanço da colheita nos Estados Unidos e a falta de interesse da China pelo milho americano também contribuíram para a retração dos preços. Apesar do enfraquecimento momentâneo, o mercado mantém algum otimismo com a demanda global pelo cereal, mas a volatilidade deve persistir nas próximas semanas, influenciada pelo clima e pelo câmbio. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira.